Um ano planejando, arquitetando, buscando novas parcerias, consolidando antigas, e tanto tempo gasto não foi em vão. O retorno não poderia ser mais gratificante. Coletivos de outros estados presentes, bandas de fora acrescentando e elogiando o que é de dentro, e a fortificação de um ideal, de um coletivo e seus integrantes. Isso foi o III Festival Quebramar.
O palco
As atividades no dia 09 começaram cedinho. Link ao vivo com a TV Amapá empolgou todos os envolvidos, algo inédito em nossas atividades. Brown-Há (DF) e The Baudelaires (PA) fizeram bonito e tocaram suas músicas com voz e violão às margens do Rio Amazonas.
A noite o festival finalmente iniciou, com uma notícia triste, a falta do Móveis Coloniais de Acajú na programação. Ficamos cabisbaixos, mas o show tem que continuar. Sempre! Vila Vintém subiu ao palco e tocou ao público sedento por rock and roll.
Vila Vintém
Em seguida, o grunge chega e a galera vai à loucura. Essa foi a Gás 11, que esquentou o palco e público para a entrada dos “Pink floydianos” da Samsara Maya, que foi aplaudidíssima na sua segunda música. Uma mistura de flamenco, com rock. Um flerte que deu certo e contagiou quem foi prestigiar o festival.
A partir daí, alguns empecilhos dos que insistem em jogar “psica” (gíria nortista para maldição) no Quebramar aconteceu. Algumas quedas de energia pararam três vezes o evento, mas a galera não morgou e firme e forte as bandas foram subindo.
Tudo normalizado, um show intimista, marcou a presença de Roni Moraes representando a Música Popular Amapaense (MPA) no festival. Se a apresentação de Roni foi calma e serena, a do grupo Berço do Marabaixo levou força do batuque e a musicalidade da terra. É o rock e Marabaixo juntos em prol da cultura amapaense.
Os paraenses invadiram o palco, com os megafônicos da Paris Rock que se apresentaram no último Grito Rock Amapá. O público gostou e o público mais ainda. O repeteco deu certo e a banda fez uma bela apresentação.
A Stereovitrola como sempre realizou um show impecável, acredito que seus seguidores afincos esperaram muito por essa apresentação e a banda deve ter ganhando mais alguns. A cada nova música, a galera pirava com a guitarra psicodélica, e com as batidas eletrônicas. A interação da Stereovitrola com público é incrível, o pessoal pira mesmo!
Daí pra frente só deu Terra das Mangueiras na área. A The Baudelaires chegou com seu Power Pop e mostraram a que veio. O público gostou, aplaudiu e ao fim, queriam mais. Por isso a galera foi super receptiva, cantando, batendo palmas, acompanhando as músicas do início ao fim. A galera que não conhecia perguntava “Essa banda é gringa?” “ Essa banda toca cover?”. Não gente! Nada disso.. a Baudelaires é paraense, toca musica autoral e fez um show lindíssimo no Quebramar.
Ao fim de um dia, começa outro. Que venha mais música. O povo pede!