quarta-feira, 14 de julho de 2010

Primeira noite do III Festival Quebramar

Por Karen Pimenta e Rudja Catrine

Um ano planejando, arquitetando, buscando novas parcerias, consolidando antigas, e tanto tempo gasto não foi em vão. O retorno não poderia ser mais gratificante. Coletivos de outros estados presentes, bandas de fora acrescentando e elogiando o que é de dentro, e a fortificação de um ideal, de um coletivo e seus integrantes. Isso foi o III Festival Quebramar.

O palco


As atividades no dia 09 começaram cedinho. Link ao vivo com a TV Amapá empolgou todos os envolvidos, algo inédito em nossas atividades. Brown-Há (DF) e The Baudelaires (PA) fizeram bonito e tocaram suas músicas com voz e violão às margens do Rio Amazonas.

A noite o festival finalmente iniciou, com uma notícia triste, a falta do Móveis Coloniais de Acajú na programação. Ficamos cabisbaixos, mas o show tem que continuar. Sempre!
Vila Vintém subiu ao palco e tocou ao público sedento por rock and roll.

Vila Vintém


Em seguida, o grunge chega e a galera vai à loucura. Essa foi a Gás 11, que esquentou o palco e público para a entrada dos “Pink floydianos” da Samsara Maya, que foi aplaudidíssima na sua segunda música. Uma mistura de flamenco, com rock. Um flerte que deu certo e contagiou quem foi prestigiar o festival.

Gás 11

A partir daí, alguns empecilhos dos que insistem em jogar “psica” (gíria nortista para maldição) no Quebramar aconteceu. Algumas quedas de energia pararam três vezes o evento, mas a galera não morgou e firme e forte as bandas foram subindo.

Samsara Maya

Tudo normalizado, um show intimista, marcou a presença de Roni Moraes representando a Música Popular Amapaense (MPA) no festival. Se a apresentação de Roni foi calma e serena, a do grupo Berço do Marabaixo levou força do batuque e a musicalidade da terra. É o rock e Marabaixo juntos em prol da cultura amapaense.

Roni Moraes

Os paraenses invadiram o palco, com os megafônicos da Paris Rock que se apresentaram no último Grito Rock Amapá. O público gostou e o público mais ainda. O repeteco deu certo e a banda fez uma bela apresentação.

Paris Rock


A Stereovitrola como sempre realizou um show impecável, acredito que seus seguidores afincos esperaram muito por essa apresentação e a banda deve ter ganhando mais alguns. A cada nova música, a galera pirava com a guitarra psicodélica, e com as batidas eletrônicas. A interação da Stereovitrola com público é incrível, o pessoal pira mesmo!

Stereovitrola


Daí pra frente só deu Terra das Mangueiras na área. A The Baudelaires chegou com seu Power Pop e mostraram a que veio. O público gostou, aplaudiu e ao fim, queriam mais. Por isso a galera foi super receptiva, cantando, batendo palmas, acompanhando as músicas do início ao fim. A galera que não conhecia perguntava “Essa banda é gringa?” “ Essa banda toca cover?”. Não gente! Nada disso.. a Baudelaires é paraense, toca musica autoral e fez um show lindíssimo no Quebramar.

The Baudelaires

Psicodelia com ritmo de carimbó e super performance de palco. A banda paraense Felipe Cordeiro e os Astros do Século, pouco conhecida por essas bandas fechou a primeira noite do Quebramar de maneira totalmente frenética! Tanto que quando o show acabou, todo mundo ainda estava pilhado com a alegria da banda. Duas vocalistas super talentosas, um ritmo quente, pra não deixar ninguém parado, o público delirou com a apresentação deles que se estendeu até alta madrugada, e ninguém arredava o pé!

Uma das vocais do Felipe Cordeiro e os Astros do Século

Ao fim de um dia, começa outro. Que venha mais música. O povo pede!

Segunda noite do III Festival Quebramar

Por Warlisson Ferreira e Hanna Paulino

Mantendo o clima da primeira noite, o Festival Quebramar prossegue com ainda mais gás junto ao público que se fez fiel ao evento. Confira!

A primeira a se apresentar é a
Heloim, ainda com um público modesto e tímido, a banda manda uma sequência veloz de Heavy/Power Metal bem executado, já incentivando os primeiros movimentos de pescoços aflitos por rock n’ roll.

Após uma pequena pausa por conta da chuva que dominou os céus, a
Nova Ordem entra em ação e espanta o mal tempo, repetindo a invejável energia que a fez vencer a primeira seletiva da Batalha das Bandas, um show digno de aplausos com velhas canções conhecidas como “Lutero” e “Sétimo Dia”.

Nova Ordem


Tecnicamente extremo! É como se resume a banda
Marttyrium que assume atualmente uma postura madura no show com suas músicas do novo EP recém lançado, com linhas de baterias somadas com guitarras com certo “groove” e vocal gutural, já tomando totalmente a atenção do público que já se fazia notável na Fortaleza de Macapá.

Marttyrium

De repente escuta-se: “Oi, eu sou seu!” Aí, notamos que era a banda
Godzilla que tinha subido ao palco com toda sua malícia e voracidade, deixando o público completamente louco (no melhor sentido da palavra).

Godzilla

Em um clima já com cara de Festival a
Intruhder entra com tudo, aparentemente bastante barulheira, mas a performance e sintonia da banda botou a galera pra pirar o cabeção literalmente, inclusive com a música “A Base”, do recém videoclipe lançado pelo grupo.

Intruhder

Após uma pequena sequencia de Metal, o clima volta-se para algo mais clássico, o rock n’ roll puro e sem mutações da banda Brown-Há, que provou que em terras brasilienses não se vive só de politicagem, como dito em uma marcante canção do grupo: “Eu quero viver de rock n’ roll...”. Se realmente se pode viver eu não sei, mas um puta show digno de aplausos rola fácil!

Brown-Há


Vamos voltar aos anos 80? É impossível, mas a
Profetika nos oferece esse gostinho com uma pegada Thrash que já fazia a gurizada enlouquecer em frente ao palco, com riff’s já familiar o grupo fez um dos shows mais participativos junto ao público, que cantou insanamente músicas como “Mãos aos altos” e “Serial Killer”.

Profetika


O super Power Trio
Veludo Branco subiu ao palco mostrando o melhor das raízes do rock mundial, trazendo em suas canções as viagens das décadas de 60 e 70. E sinceramente, ao escutá-los você acaba sendo consumido pela vontade de beber uma cerveja geladíssima e chamar os amigos para curtir as coisas boas da vida.

Veludo Branco


Gritos histéricos, choro e mais um pouco de gritos histéricos. Calma, não se assustem! Esse foi um resumo do que os fãs fizeram quando a
Mini Box Lunar estava se apresentando. Um baita show regado a alegria, mistureba musical e gritos de fãs.

Mini Box Lunar


Chegado o momento do show de
Juca Culatra E Power Trio, parece que todos entraram em um mega transe entregando-se a vibe e ao clima de descontração que surgiu... Uma apresentação mágica e lindamente sonora, e que ninguém poderia dizer o contrario.

Juca Culatra e Power Trio


“Head your bang!!” Esse foi o lema do show da banda local
Amaurose, uma apresentação avassaladora e impecável. Rica em mosh e quebradeira, um perfeito cenário para os headbangers.

Amaurose


A fúria e o caos se estabeleceram durante o show dos recifenses do
Desalma, a banda mostrou toda sua sonoridade rica em pegadas matadoras e experimentalismo. Uma apresentação brutal, visceral e eleita como uma das melhores representantes do gênero Metal no Festival Quebramar 2010.

Desalma


Empolgação, gingado e muito Rock’n Roll no melhor estilo retrô, esses foram os super ingredientes que envolveram o show da banda Amapaense
Beatle George.

Beatle George


A galera já adrenalizada esperando o show do Mukeka aqueceu as canelas e cotovelos com a banda
SPS12, que foi a grande encarregada de abrir o show da head-line da noite. O grupo, agora com o novo baterista Iaan, mandou uma pequena (mas nervosa) sequencia de músicas que abriu o espaço para uma curiosa “roda punk”, tentando saciar um pouco da sede por hardcore.

SPS 12

E para encerrar essa grande empreitada a responsa ficou por conta do
Mukeka di Rato, que saiu do Espírito Santo para aterrorizar os ouvidos dos amapaenses com o puro e imortal Hardcore. Os caras pareciam incansáveis, mandando uma porrada de 3 a 4 músicas seguidas sem pausas, enquanto que lá em baixo uma perigosa e agitada roda punk formou-se instantaneamente, somado com gritos e aclamações do público que pirou do início ao fim. O Mukeka notavelmente parecia estar satisfeito com o show, sendo que elogiou bastante o festival e a rapaziada que gritava enfurecida por mais sonzeira.

Mukeka di Rato


Ufa, cansou? Chega ao fim a terceira edição do festival mais comentado da cidade, sempre deixando saudades antes mesmo de acabar. Mas não fique preocupado, ainda teremos algumas atividades do Coletivo Palafita neste ano. Só assim mesmo para que todos possam esperar a 4ª edição do Quebramar. Ano que vem tem mais, até lá!

sábado, 10 de julho de 2010

Nota de esclarecimento


Foi com muita tristeza que sexta-feira, 09, tivemos que aceitar o fato de que o Móveis Coloniais de Acaju, uma das headliners do festival, não conseguiria chegar em Macapá. Afinal, assim como todos, ansiávamos pela presença dessa banda foda.

Sobre o fato, eles mesmos comentaram em seu site:
"Até a tarde de ontem, véspera do show, tanto nós do Móveis, quanto vários agentes de viagem e também os organizadores do Quebramar, todos tentávamos conseguir tais passagens... em vão. Mesmo com reservas/bloqueio de passagens antecipados, em virtude da alta temporada (período de férias), não conseguimos viabilizar a ida do grupo. Além disso, pesou o fato de 09 de julho ser feriado no estado de São Paulo...".

É com muito esforço e compromisso com a cultura alternativa amapaense que, há cinco anos, o Coletivo Palafita realiza diversos eventos no intuito de promover e estimular a cena local. Dentre eles, o Festival Quebramar, que é o maior representante do gênero no estado, além de ser gratuito.

No caso do Móveis, a internet discada, que dificulta o trabalho das agências de turismo daqui, e os pouquíssimos voos em Macapá, acabaram impossibilitando a vinda da galera. Mas, nós não desistimos de trazê-los! E nem eles!

"Por outro lado, ainda não desistimos e, em breve, anunciaremos uma data do Móveis para Macapá! Móveis e Coletivo Palafita estão empenhados em cumprir esse show! Agradeço a compreensão de todos e esperamos conhecer, logo, a capital do Amapá."

Leiam o post completo no site: www.moveiscoloniaisdeacaju.com.br/blog/1113

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Começou!

por Jenifer Nunes

Ontem (08), foi dado início na terceira edição do Festival Quebramar!

coletiva de imprensa, no Macapá Hotel

As 10h da manha rolou, no Macapá Hotel, a abertura e coletiva de imprensa do festival. Foi levantada a importância de ações como esta, no sentido de estimular e divulgar a cultura amapaense alternativa, além de promover a circulação e troca de experiência entre bandas, agentes culturais e a sociedade em geral.

Oficina de guitarra, no auditório da Fortaleza de São José

Logo após, todos foram prestigiar, aprender e curtir a oficina de guitarra que estava acontecendo no auditório da Fortaleza de São José de Macapá. Os oficineiros: Alexandre Avelar (Mini Box Lunar), Patrick Oliveira (Stereovitrola), Michel Moura (Sps12), Jaime Lopes (Profétika) e Pablo Henrique (Intruhder), todos músicos de bandas amapaenses, apresentaram seus sets de pedais e explicaram um pouco sobre seus respectivos estilos. Ao lado deles, os guitarristas das bandas Brown-Há (DF) e Juca Culatra e Power Trio (PA), também deram uma palinha do que seria mostrado na sexta-feira.

Marabaixo encerra a primeira noite de atividades

Quando a noite chegou, foi a vez de abrir espaço para que o Marabaixo tomasse conta da Praça da Fortaleza de São José. O povo de fora, que veio especialmente pro festival, deliciou-se com a gengibirra e o som deste ritmo afro-descendente originado no Amapá.

Próximo dia tem mais! Fiquem de olho!

Fotos por: Sandra Borges e Caio Mota

Mukeka di Rato



Em 1995 no Espírito Santo foi onde se viu o surgimento do Mukeka di Rato, onde Sandro (voz), Mozine (baixo/voz), Paulista (guitarra/voz) e Brek (bateria) são os responsáveis por essa faceta. Com os pés fincados (mas não atolados) no hardcore, suas músicas nascem de uma combinação macabra de sarcasmo + bases rápidas e pesadas + vocais velozes (alternando entre cantado, gutural e incompreensível). Com uma história consolidada no cenário independente, a banda lançou os discos“Pasqualin na Terra do Xupa-Kabra” (1997), “Gaiola” (1999), “Acabar Com Você” (2001) e “Máquina de Fazer” (2004), e o mais recente “Carne” (2007), sem falar na presença em festivais tradicionais e lançamentos no exterior: EUA, Suécia, Austrália, Finlândia e Japão.

Então prepare-se para ver um holocausto em cima do palco, pois o Mukeka di Rato promete um show de hardcore como nunca se imaginou, com flores, dores e muita gritaria, no bom sentido é claro, caso seja possível.

Escute-os: www.mukekadirato.com.br/

www.myspace.com/mukekadirato



Nova Ordem (AP)


por Warlisson Ferreira


Sendo a grande vencedora da primeira eliminatória da Batalha das Bandas, a Nova Ordem representa com caráter a fúria, atitude e rebeldia do punk rock em canções como “Sétimo dia”, “Lutero” e “Assalto”. Está na estrada desde 2007, participando de muitos eventos no Estado, inclusive o Grito Rock no Amapá e Pará. A banda possui EP com 5 faixas gravadas de forma independente - e o mais inusitado - é distribuído gratuitamente ao público durante os shows.

Escute-os: http://www.myspace.com/bandanovaordem

Intruhder (AP)


por Warlisson Ferreira


Formada em janeiro de 2008, a banda Intruhder já é referência no metal independente do Amapá, sendo mais preciso, no Metalcore, sendo o peso e a brutalidade suas marcas registradas. Com um som tocado de forma habilidosa, e tendo como característica marcante o vocal gutural mesclando com o melódico, a banda tem crescido constantemente e lançou recentemente o seu primeiro videoclipe da música “A Base”.

Escute-os: http://www.myspace.com/intruhder